O sítio arqueológico de Tambomachay foi um local destinado ao culto da água e como lugar de descanso da nobreza inca. Atualmente, este sítio arqueológico continua impressionando todos os visitantes com sua complexa engenharia hidráulica.
A localização tem uma extensão aproximada de meia hectare e o material usado para sua construção foi a pedra calcária com encaixes de estilo poligonal. A tradição conhece este monumento como “O Banho da Ñusta” devido à existência de dois aquedutos que levam água cristalina o ano todo.
O nome que recebe não tem uma definição exata, mas acredita-se que venha de duas palavras quíchua: «Tampu» que significa alojamento e «Mach'ay» que é descanso. Contudo, outras traduções apontam que «Mach'ay» significa cavernas.
Na cosmovisão andina, a água era a origem da vida, tornando este recurso em uma de suas principais divindades. Por este motivo, deu-se especial importância ao culto da água em todas as construções incas.
Tambomachay possui fontes litúrgicas trabalhadas em pedra, que alimentam uma rede extensa de canais que fornecia água aos recintos arqueológicos próximos.
O culto à água está presente em cada recinto inca, representado como canais de água nos quais o fluxo desta é contínuo.
Este centro arqueológico foi construído sobre um rio e nascentes, embora ainda não se saiba exatamente de onde vem a água que flui em curso. O desnível permite que a água percorra todos os canais, que apesar de terem passado mais de 600 anos, continuam fluindo.
Não há dúvidas de que todos os sítios arqueológicos oferecem uma visão diferente sobre a cultura inca, neste caso Tambomachay nos mostra a importância que teve a água na época incaica.
Tambomachay não sofreu muitos danos na época da colonização espanhola, é por esse motivo que o complexo é um dos melhor conservados, localizados perto da cidade de Cusco.
Tambomachay é uma importante mostra da engenharia hidráulica que possuíam os incas, já que o recinto tem canais de água realizados em pedra talhada nos quais fluem água durante todo o ano.
Esta água flui até uma plataforma que funcionava como fonte litúrgica e, presumivelmente, banhos do inca.
Tambomachay está localizado a 5 quilômetros da cidade de Cusco e a 0,6 quilômetros de Puca Pucara, um recinto arqueológico com o qual está muito relacionado. Está na estrada Cusco-Pisac.
Segunda a domingo das 08:00 às 17:30.
A entrada para Tambomachay está incluída no Boleto Turístico.
O clima em Tambomachay corresponde ao clima da cidade de Cusco, geralmente é seco e ameno. No entanto, recomenda-se visitar este local à tarde, quando a temperatura não é tão alta e pode-se apreciar o motivo do nome do lugar.
Chegar a Tambomachay é muito simples, além de oferecer diferentes opções:
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Sacsayhuamán, indiscutivelmente, foi e ainda é até os nossos dias uma majestosa obra de arquitetura e engenharia Inca. A fortaleza inca foi construída entre os séculos XIV e XV. Todas as suas estruturas foram posicionadas de maneira a não deixar de fazer parte do lugar em que se erguem, integrando-se profundamente e harmoniosamente à então sagrada categoria da paisagem, resultando em um colossal altar à natureza.
Antes da chegada dos incas, o espaço que agora ocupa Sacsayhuamán era território da cultura Ayamarca. A fortaleza inca de Sacsayhuamán foi inicialmente construída pelo Inca Pachacútec por volta do ano 1350 d.C., mas foi concluída por seu neto, o Inca Huayna Cápac.
Acredita-se que sua construção durou mais de 90 anos. Além disso, para a construção deste impressionante e imponente lugar, foram necessários mais de 20.000 homens sob o sistema da mita (trabalho em equipe), sendo este lugar a maior evidência da organização e técnica do império inca.
Com a invasão espanhola, Sacsayhuamán se tornou um campo de batalha, sendo um ponto chave para a resistência inca. Após as batalhas, este lugar foi desmantelado e suas pedras foram transferidas para construir edifícios, como a Catedral de Cusco.
Com o passar do tempo, Sacsayhuamán perdeu importância até ficar abandonado e inclusive foi usado como pedreira para a construção de casas dos habitantes. Somente em 1983 foi declarado Patrimônio Cultural da Nação.
Em 1944, celebra-se pela primeira vez a encenação do Inti Raymi na esplanada central, que continua sendo realizada ano após ano no mesmo local.
A palavra Sacsayhuamán vem dos vocábulos quíchuas Sacsay "Satisfeito" e huamán "Falcão", que em português seria traduzido como "O falcão satisfeito".
Na época Inca, Sacsayhuamán era um dos centros cerimoniais mais importantes, tendo uma conexão muito próxima com a cidade de Cusco, localizando-se a apenas 4 km da cidade. Acredita-se também que Sacsayhuamán era o principal canalizador de água que abastecia toda a cidade de Cusco.
A importância deste lugar no âmbito religioso era de grande significado, pois era aqui que se realizava o Inti Raymi (Festa do Sol), uma cerimônia realizada a cada solstício de inverno, na qual se faziam oferendas e sacrifícios em honra ao deus Sol.
Os Incas costumavam usar a astronomia para elaborar seu calendário, bem como para saber quando começava a temporada seca ou chuvosa e para determinar a data do início da colheita. Também era determinado, pela observação da posição do sol, quando começava um solstício e um equinócio.
Sacsayhuamán é um grupo arqueológico localizado ao norte da praça principal da cidade de Cusco. Para chegar a Sacsayhuamán, pode-se tomar um City Tour de qualquer agência de viagens. Também é possível chegar caminhando, de táxi ou utilizando o próprio veículo.
Para chegar caminhando a Sacsayhuamán da praça de armas, pode-se subir pela rua Suecia até Huaynapata e seguir por Resbalosa, virar à direita depois da igreja de San Cristóbal e seguir pela estrada. Aqui, você se juntará à antiga rota Inca para Sacsayhuamán. A subida é íngreme e leva aproximadamente 30 minutos desde a praça de Armas.
O clima geral da cidade de Cusco é muito variável, tendo 2 grandes temporadas: a seca e a chuvosa. No entanto, dada a altitude de Sacsayhuamán (3700 m.s.n.m), geralmente tem um clima frio, também dependendo do mês em que se deseja visitar este incrível lugar.
Dezembro, janeiro, fevereiro, março: Estes são os meses mais chuvosos do ano na cidade de Cusco e em Sacsayhuamán.
Maio, junho, julho, agosto: Sendo os mais secos.
Sacsayhuaman destaca-se por sua incrível infraestrutura, composta por torres, residências, armazéns, aqueduto e mais.
Neste lugar, pode-se reconhecer à primeira vista toda a engenharia inca, o transporte das pedras era feito através de cordas puxadas por homens até o local onde eram talhadas, obtendo uma textura aveludada, além de desenharem figuras nas pedras, entradas dos túneis e construções de caráter ritual.
A fortaleza inca está dividida em setores: Sacsayhuamán, Rodadero, Trono do Inca, Warmi K’ajchana, Banho do Inca, Anfiteatros, Chincana e Bases de Torres, e mais.
Originalmente, Sacsayhuamán foi construído com um propósito religioso, em honra ao Deus Illapa "o deus do trovão" entre outras divindades que tinham os Incas. No entanto, após a chegada dos espanhóis, acabou se tornando um campo de batalha, sendo denominado pelos espanhóis como uma "fortaleza".
O complexo em si conta com partes arquitetônicas e naturais importantes, que têm significados e histórias próprias, como:
Denominados Muyuccmarca, Paucarmarca, Sallaqmarca e estão localizados na parte superior dos baluartes (muros em ziguezague). Nos tempos dos incas, eram torres dispostas em linha reta no topo da colina, neste local havia abundância de água, hoje ainda podemos ver parte dos aquedutos.
Atualmente, restam apenas os alicerces dos Torres, os edifícios foram destruídos nos primeiros tempos da colônia, seus alicerces cobertos de terra; foram localizados posteriormente e recuperados pelo Dr. Luis E. Valcárcel.
Este grupo de recintos está localizado no topo da colina, ao sul e a uma curta distância das torres. São belas habitações situadas contra a colina, com vistas para as praças da cidade inca. As habitações em si têm a característica de serem longas e estreitas, conectadas entre si por uma série de portas trapezoidais. Suas paredes são formadas por poliedros irregulares, com faces escarpadas e arestas bem polidas.
Chama-se assim as três plataformas que formam um ziguezague de entrantes e salientes feitos de blocos de rocha calcária, impressionantes poliedros irregulares encaixados com perfeição suprema. Os primeiros espanhóis atribuíram sua construção a demônios, até hoje se diz que extraterrestres foram os construtores desta obra. Estes baluartes são considerados uma maravilha a nível mundial.
Localizadas na parte central e média dos baluartes de formas trapezoidais, serviam de acesso para a zona dos torres. As três portas mencionadas são: T’iopunku, Ajawanapunku, Wiracochapunku.
Geologicamente, é uma formação natural de diorita, de origem vulcânica, que emergiu moldando em sua superfície curvas e estrias a maneira de tobogãs.
Estas palavras traduzidas correspondem a “onde se empina o macaco”. É uma sucessão de assentos, talhados em rocha diorita com um profundo sentido estético, está na porção oriental da colina, da qual se tem uma vista panorâmica do complexo.
São duas, a menor junto a Warmi K’acchana é de curta extensão e se tornou uma distração para os visitantes. A maior está mais ao Norte, abaixo de uma grande rocha calcária, este passagem está inundado e não é possível adentrar.
Segundo o geólogo Dr. Carlos Kalafatovich, esses túneis, chamados chinkanas, correspondem a escavações pela ação das águas subterrâneas que circulavam pelas grutas.
O enigma das "Chinkanas"
Existem muitos rumores sobre a origem das chinkanas, do porquê e para que foram construídos esses chamados "labirintos". Alguns acreditam que estão interconectados às diferentes construções Incas, contudo, continua sendo um grande mistério.
Existem dezenas de lendas contadas antigamente pelos habitantes cusquenhos, assim como de relatos escritos por cronistas como Inca Garcilaso de la Vega, sobre a conexão que tinha Sacsayhuamán com o Qoricancha, ou sobre as aparições repentinas dos antigos habitantes que moravam em Cusco.
Atualmente são realizadas representações incas na esplanada da fortaleza de Sacsayhuamán
A cada 24 de junho, celebra-se na esplanada de Sacsayhuamán o Inti Raymi, que é uma encenação da festa mais importante da época dos incas, o culto ao Deus Sol.
Esta é uma das festividades mais importantes do ano, atraindo turistas de todo o mundo para presenciar este espetacular evento.
De segunda a domingo das 08:00 às 17:30.
A entrada para Sacsayhuaman está incluída no Boleto Turístico.
O clima em Sacsayhuamán corresponde ao clima encontrado em toda a cidade de Cusco, completamente imprevisível, embora geralmente seja seco e temperado. Contudo, por ser uma esplanada, é muito comum sentir ventos fortes desde cedo que só aumentam conforme o dia avança.
Chegar a Sacsayhuaman é muito simples, além de oferecer diferentes opções:
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O Templo do Sol - Qoricancha foi originalmente nomeado como “Inticancha ou Intiwasi”, que significaria Casa do Sol, foi um recinto religioso construído em 1200 d.C. sob a ordem do Inca Wiracocha.
Com a chegada do Inca Pachacútec ao poder, toda a cidade de Cusco passou por um processo de embelezamento, foi nessa época que o Inticancha passou a ser chamado Qoricancha, ao qual foram construídos enormes muros ao redor revestidos com lâminas de ouro, prata e pedras preciosas.
Com a chegada da invasão espanhola o Templo do Sol foi saqueado e destruído, segundo alguns historiadores, o ouro pertencente a este recinto foi transferido para Cajamarca para pagar o resgate do Inca Atahualpa.
O templo passou a ser propriedade de Francisco Pizarro, que o presenteou à ordem dominicana, que demoliu o que restava do Templo do Qoricancha para construir o Templo de Santo Domingo. A construção sofreu 3 terremotos (1650, 1749 e 1950), danificando completamente a Igreja de Santo Domingo, apenas os muros incas permanecem intactos.
Em 1956, iniciou-se a reconstrução do Templo do Sol - Qoricancha, tendo como prioridade a exposição dos muros incas.
Segundo muitos cronistas, os primeiros a construir um templo em homenagem ao sol foram os habitantes originais de Cusco, os “Ayamarcas”, chamando-o inicialmente de “Inticancha”. Esta etnia era uma população que habitava Cusco aproximadamente no século XIII, antes do início da expansão do Império Inca, tendo uma grande rivalidade com os Incas, no entanto, foram derrotados e anexados ao Tahuantinsuyo no governo do Inca Wiracocha.
Qoricancha, ou Coricancha, pode ser entendido em português como “Templo de ouro” vindo das palavras quechuas Quri “Ouro” e Kancha “Templo”.
Também podemos dizer que “Qori” significa ouro trabalhado, sua forma aportuguesada seria Cori. “Kancha” significa local cercado, limitado por muros, sua forma aportuguesada seria Cancha.
Portanto, podemos dizer que o nome significa “Local cercado que contém ouro”.
O Templo do Qoricancha foi um recinto dedicado à veneração da principal divindade dos incas, o Sol. Este lugar, além de ter o Templo do Sol, tem outros 4 complexos de templos pequenos dedicados a deuses como a Deusa Killa; a lua, o Deus Illapa; o raio, o Deus K'uychi; o arco-íris e a Deusa Chack'a, a estrela.
Todos esses complexos tinham uma faixa contínua de ouro puro a três metros do chão que unia cada setor, da mesma forma, o arame que sustentava o telhado de palha dos recintos, era de ouro. Os muros foram construídos com pedras naturais perfeitamente entrelaçadas, como em outras construções incas.
O Qoricancha está localizado no centro da cidade, no cruzamento da Av. El Sol com a Rua Santo Domingo, a apenas duas quadras da Praça de Armas de Cusco.
A descrição feita por Garcilaso, guarda harmonia com o que hoje se mantém em pé. Embora esta seja apenas um pálido reflexo do que realmente foi o Qoricancha nos tempos dos incas.
Foi o Templo principal de todo o Qoricancha, ocupava mais da metade da largura da atual Igreja de Santo Domingo. Garcilaso conta que dentro deste templo estavam os corpos embalsamados dos filhos do Sol colocados por antiguidade em cadeiras e sobre tábuas de ouro, as paredes estavam cobertas com placas de ouro, existindo um disco representando a figura do Sol de uma placa de ouro mais grossa que as outras placas que cobriam o templo. Pelo extremo ocidental corresponde ao atual tambor com vista para a Av. Sol; seu extremo oriental chegava até o atual átrio da igreja.
Este templo ficava mais perto do Templo do Sol, já que se considerava a Lua esposa do Sol. Este edifício estava forrado com tábuas de prata, existindo a representação da Lua feita em prata. Dentro se guardavam as múmias das Coyas colocadas em ordem de antiguidade. Aproximadamente a metade do Templo foi demolida pelos espanhóis para construir a nave da igreja de Santo Domingo. Ocupa parte do lado ocidental do pátio interior do Qoricancha.
Se encontra perto do Templo da Lua, mas separado por um belo beco, dedicado a Vênus e as sete cabras e a todas as demais estrelas. A Vênus os incas chamavam “Chasca” que significa estrela. Neste templo se situava o Inca, segundo referências dos historiadores, para que fosse divinizado ou para presenciar festas ou sacrifícios realizados no pátio retangular. Ocupa parte do lado ocidental do pátio interior do Qoricancha.
Illapa ou ChukiIllapa significam ao mesmo tempo raio, relâmpago e trovão. O templo em questão está em frente ao templo de Vênus, tem três portas de jamba simples, equidistantes e ligeiramente trapezoidais, além de contar com uma janela em cada parede lateral.
Neste templo se rendia culto ao Arco-íris, que segundo a crença antiga, provinha do Sol. Tem características arquitetônicas idênticas ao Templo de Illapa. Uma parte deste templo foi demolida pelos espanhóis para construir os edifícios do Convento dos Dominicanos. Fica ao Norte do Templo de Illapa e em frente ao Templo da Lua, lado oriental do pátio interior do Qoricancha.
Quase todas as cidades do mundo, em todas as épocas, construíram praças amplas em frente a seus templos. Inti Pampa (nome que se traduz como Planície do Sol) é o local onde ficavam os nobres, suas cortes, pessoal de serviço, dançarinos, etc. quando durante festas o inca e a nobreza se deslocavam ao Qoricancha. Este local atualmente corresponde à Praça de Santo Domingo, aparentemente seus limites e extensão quase não sofreram alterações. Situa-se ao Norte do que foi o Qoricancha.
Tornou-se o grande depósito de ofertas que de todas as nações submetidas e confederadas traziam para o Deus Sol, as ofertas consistiam em representações de flora e fauna do Tahuantinsuyo. Segundo alguns historiadores, estas ofertas feitas em ouro e prata eram de tamanho natural em quantidade que enchiam de forma surpreendente.
Os espanhóis, pelo número de terraços, chamaram-no de Jardim Solar. Na época colonial tornou-se o pomar dos Frades Dominicanos. Localiza-se na parte ocidental do Qoricancha, podendo ser visto desde a Av. Sol em toda a sua extensão.
Existiam cinco fontes de água, cuja origem era um segredo guardado. As fontes tinham significado religioso e eram decoradas com metais preciosos. Localizavam-se em toda a extensão do Qoricancha, atualmente podemos ver uma fonte com esquinas octogonais no pátio do Qoricancha.
O Templo do Sol está aberto de segunda a sábado das 09:00 às 17:00 e aos domingos das 14:00 às 17:00.
A ENTRADA GERAL custa S/.15.00 para turistas estrangeiros ou nacionais. A entrada não está incluída no Boleto Turístico.
*Tenha em mente que, com sua entrada, você poderá visitar o templo do Qoricancha sem limite de tempo.
O complexo arqueológico de Q’enqo foi um importante recinto religioso inca, no qual se realizavam cerimônias em honra aos deuses maiores da cultura inca.
O que hoje resta do complexo arqueológico de Q’enqo são rochas esculpidas que não puderam ser destruídas pelos espanhóis, pouco resta dos caminhos e aquedutos, tampouco estão presentes os recintos, os depósitos ou os banhos litúrgicos.
A tradução da palavra Q’enqo ou Kenko seria “Labirinto”, aludindo aos túneis, passagens e canais subterrâneos que abrigava este lugar. Acredita-se que os espanhóis deram forma à denominação do lugar chamando-o de “Q'enqo”, quando tradicionalmente, na época Inca, era conhecido como “Q’inqu”.
Está localizado nos arredores da cidade de Cusco, no morro Socorro, a 3580 m de altitude, a 5 km do centro da cidade.
Q’enqo está esculpido integralmente em uma formação rochosa natural, a importância religiosa deste local gerou sua destruição por parte da colônia espanhola; contudo, por ser inteiramente de pedra, conseguiu resistir aos ataques.
No interior, encontram-se esculpidos três animais importantes na cosmovisão andina: o condor, o puma e a serpente.
É composto por dois locais principais conhecidos como Q’enqo Grande, que é a formação rochosa maior, e uma rocha menor, chamada Q’enqo Chico.
Os conjuntos que descrevemos foram, sem dúvida, santuários muito significativos para os incas. Apesar da destruição que este complexo sofreu durante a colônia, o que atualmente se pode apreciar dentro dele, ainda é impressionante e colossal.
Localiza-se na parte superior da grande rocha, constituído por duas proeminências pétreas de forma cilíndrica que se erguem verticais sobre um pedestal quase elíptico, tudo esculpido na parte superior da mesma rocha.
O uso dos intiwatanas (que significaria "onde se amarra o sol") durante o império inca é até agora um enigma. Presume-se que fosse uma espécie de observatório astronômico, que os amautas utilizavam para medir o tempo, para estabelecer as estações, determinar os solstícios e equinócios, e também, como adoratório onde se rendia culto ao Sol, à Lua e às estrelas.
Com a chegada do solstício de inverno, os primeiros raios do sol caem exatamente neste local, formando a figura que se assemelha a um puma com olhos brilhantes.
É uma câmara subterrânea, que tem esculpido solo, teto, paredes, mesas e prateleiras em uma única rocha gigantesca. Diz-se que esta câmara subterrânea poderia ter sido usada para embalsamar cadáveres dos nobres incas, como lugar de sacrifícios humanos e de lhamas.
Estar sob a terra era símbolo da entrada para o mundo dos mortos.
Localizado sobre a grande rocha e muito próximo ao Intiwatana. O canal zigzagueante começa em um pequeno buraco e se move para baixo em um plano inclinado e linha quebrada, que depois se bifurca, uma dessas ramificações conduzia o líquido até a Câmara subterrânea ou Sala de Sacrifícios (segundo o historiador cuzquenho Víctor Angles). O líquido poderia ser chicha consagrada ou sangue de seres sacrificados para os deuses.
Trata-se de uma enorme área semicircular de 55 m de comprimento, com 19 nichos incompletos, distribuídos ao longo do muro. Durante o império inca, este local foi um templo para cerimônias públicas. À frente da área livre, encontra-se um grande bloco de pedra de 6 m de altura que repousa sobre um sólido pedestal retangular.
Possui nichos distribuídos ao redor do anfiteatro à maneira de assentos, mas de acordo com pesquisas recentes, é muito provável que na realidade tenham sido as bases de um grande muro, localizado em cada um deles, a representação de uma entidade à qual rendiam culto.
A floresta de Q’enqo é uma parada obrigatória para os amantes da fotografia e se você quer ter uma lembrança de sua visita. A entrada é completamente gratuita e está localizada a poucos metros do sítio arqueológico.
A floresta é composta por imponentes árvores de eucalipto que irão te maravilhar. É um lugar único e incrível, por isso foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
De segunda a domingo das 08:00 às 17:30.
O preço da entrada está incluído no Boleto Turístico.
Estando localizado a apenas alguns quilômetros da cidade de Cusco, pode-se chegar a Q’enqo de diversas maneiras:
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Puca Pucara é um dos complexos arqueológicos mais importantes de Cusco, ao lado de Sacsayhuaman, Q’enqo e Tambomachay.
Sua arquitetura demonstra a avançada tecnologia inca, embora, por não ter acabamentos perfeitos, nos faz supor que este local não foi um recinto de grande importância religiosa, porém, foi de grande importância para os mensageiros incas e a guarda real.
Sua construção foi iniciada por uma cultura anterior aos incas; mas foi durante o governo de Pachacútec que a infraestrutura foi melhorada.
As informações tradicionais indicam que, quando o Inca estava a caminho dos Banhos de Tambomachay, a imponente comitiva de soldados ficava em Puca Pucara, que servia como quartel e tambo. Conta-se que de uma chincana existente no local se comunicava diretamente com Tambomachay, o que ainda não está comprovado.
O nome Puca Pucara vem de duas palavras quechuas que significam «Puca ou Puka» vermelho e «Pucara» que é fortaleza. Sua tradução seria Fortaleza Vermelha, recebe este nome devido ao tom avermelhado que suas paredes adquirem ao entardecer.
O Centro Arqueológico de Puca Pucara está localizado na parte superior da estrada que leva a Pisac, a cerca de 7 km da cidade de Cusco.
Para chegar lá, você pode pegar um City Tour de qualquer agência de viagens. Além disso, é possível chegar a pé após visitar Tambomachay, pois fica a poucos metros dos banhos do Inca.
Este complexo arqueológico possui terraços, muros, aquedutos, praças, escadarias que fazem com que a disposição urbana seja adequada e funcional. Os edifícios são feitos de pedras de diversos tamanhos, a superfície das rochas é muito irregular e pouco trabalhada, comparada a outros sítios arqueológicos.
A estrutura foi construída com pedra calcária da região, sendo em sua maioria de tamanho médio e pequeno, todas unidas com grande precisão, tornando-a resistente a vários movimentos sísmicos.
Neste complexo, foram construídos três muros que possuem pisos irregulares, essa construção tem três níveis para o mesmo local.
Localizado na parte inferior do complexo arqueológico, este primeiro muro tem um traçado sinuoso que evita cortar as rochas salientes cuidadosamente. Para o norte e atrás da parede externa, podem ser encontradas seis salas de diferentes tamanhos, construídas de forma irregular para não tocar as rochas que criam a parede.
O segundo muro circunda a elevação central. Entre este e o primeiro, há plataformas que são muito amplas. No segundo nível, podemos encontrar terraços e jardins voltados para o sul, e a leste encontram-se três salas com plantas trapezoidais e uma retangular.
Este nível está no ponto mais alto, atualmente não é possível observar restos incas devido à passagem do tempo; no entanto, é possível ter uma vista incrível de todo o local.
De segunda a domingo das 08:00 às 17:30.
A entrada para Puca Pucara está incluída no Boleto Turístico.
O clima em Puca Pucara corresponde ao clima da cidade de Cusco, geralmente é seco e temperado. No entanto, recomenda-se visitar este lugar à tarde, quando a temperatura não é tão alta e é possível apreciar o motivo do nome do lugar.
Chegar a Puca Pucara é muito simples, além de oferecer diferentes opções:
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